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Definições Estratégicas

Visão de Futuro
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A Visão de Futuro foi elaborada a partir da coleta qualitativa dos anseios dos participantes nas etapas 1 e 2 da construção do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da Amrec, ou seja, quando foram ouvidas 793 pessoas, além das contribuições por meio da consulta pública disponibilizada nos portais da Unesc, Amrec e Unibave. Amplamente divulgada, a Visão de Futuro foi apresentada e validada pelos secretários e prefeitos municipais no workshop realizado em 25 de setembro e, em 7 de outubro, apresentada a toda a sociedade por meio de workshop disponibilizado no canal da Unesc TV no YouTube. Assim, a Visão de Futuro da região carbonífera a ser alcançada nos próximos 10 anos é:

Região reconhecida pela sua elevada qualidade de vida, sustentável em todos os domínios, internacionalizada, fundamentada na cooperação entre os seus integrantes e capaz de reinventar-se continuamente.

Eixos e Objetivos Estratégicos
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Das análises qualitativa e quantitativa realizadas emergiram os eixos estratégicos ou eixos de sustentação os quais representam as grandes áreas que a região deve focalizar em suas ações estratégicas a fim de potencializar o desenvolvimento socioeconômico da região e alcançar a Visão de Futuro até 2030. Dentro dos sete eixos definidos e, em conformidade com o diagnóstico realizado, foram descritos 25 objetivos estratégicos com o propósito de indicar o que a região da Amrec deseja alcançar no período de 10 anos. A figura a seguir apresenta os sete eixos e respectivos objetivos estratégicos.

Cabe ressaltar que este Plano também subsidiou suas iniciativas considerando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) os quais visam promover ações e metas que possam eliminar a fome, potencializar a educação de qualidade e promover a paz segmentados em três dimensões: economia, sociedade e biosfera. Dessa maneira, os eixos e respectivos objetivos estratégicos do Plano trazem em suas iniciativas os ODS e suas metas. A figura a seguir apresenta os ODS por eixo estratégico deste Plano. 

Setores-chave e Portadores de Futuro
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Os setores que geraram significância na análise estatística foram: abate e fabricação de produtos de carne; fabricação de produtos cerâmicos; confecção de artigos do vestuário e acessórios; fabricação de produtos de plásticos; fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins; e extração de carvão mineral e geração de energia.

Fabricação de Produtos Cerâmicos
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Durante o período de 2006-2018, os municípios de Criciúma e Cocal do Sul foram os principais responsáveis pelo valor adicionado do setor na região carbonífera, juntos somam 85,96% de participação em 2018. O setor apresentou um crescimento de 254,67% de 2006 a 2018, e os municípios que cresceram acima do percentual do setor foram: Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga.

Em Santa Catarina, houve redução de 283 (equivale a -38,29%) empresas do setor de fabricação de produtos cerâmicos na Rec de 2006 a 2018, enquanto na região da Amrec, a redução foi de -31,76%. O número de empregos no estado diminuiu -6,28%, ocasionando um movimento diferente do total de empresas. Na Rec, crescimento durante o período foi de 15,04%.

A maior participação na região em relação ao estado de Santa Catarina em número de empresas foi no ano de 2018 com 25,52%. O menor percentual foi no ano de 2013 com 22,81%. Verifica-se que o setor está em crescimento nos últimos seis anos, gravitando entre os percentuais de 23,45 a 25,44. 

Durante os anos de 2006 e 2019, o número de empresas diminuiu mais 30% tanto em Santa Catarina quanto na Rec. Apenas em 2010-2011 teve um crescimento no número de empresas no estado. Na região carbonífera, houve crescimento em 2006-2007 e 2014-2015.

No período de 2006-2019, o município de Morro da Fumaça apresentou a maior participação em termos de número de empresas do setor de fabricação de produtos cerâmicos na região carbonífera, seguido por Içara. Apenas Balneário Rincão não apresentou empresa representante do setor em seu território. 

No ano de 2006, 75,88% das empresas do setor presentes na região carbonífera tinham em seu quadro de colaboradores de 1 a 19 funcionários. Já em 2019, essa participação diminuiu para 67,24%. Apenas empresas com nenhum empregado, de 250 a 499 e de 500 a 999 aumentaram seu número no comparativo no período de 2006-2019. 

A maior participação da região carbonífera em Santa Catarina foi no ano de 2019 com 40,08%. Em 2012, a região teve o maior número empregados nesse setor e, até o ano de 2017, veio apresentando quedas nesse número. Nos anos seguintes, o número de empregos formais voltou a crescer. Em 2020, a Amrec alcançou a maior participação no estado com 40%.

Criciúma é o município com maior número de empregos no setor de fabricação de produtos cerâmicos de 2016 a 2019 com 40% da participação de mercado. Em 2019, chegou a 55,43%. Criciúma junto com Cocal do Sul empregam mais de 80% da mão de obra do setor. Dessa maneira o setor está bastante concentrado nas duas cidades. 

O setor emprega mais homens – acima de 80%. Mas, mesmo timidamente, a evolução dos empregos no período de 2006 a 2019 foi nos vínculos realizados com mulheres.

Na região carbonífera, os dados indicam ampliação da escolaridade dos funcionários do setor, visto que o número com fundamental incompleto reduziu 41,99% e do fundamental completo a redução foi de 48,85%. Em contrapartida, os funcionários com ensino médio completo aumentaram para 55,23% e, com superior completo, foi superior ao dobro o crescimento, chegou a 127,11%. Esse setor se configura com escolaridade em sua maioria de ensino médio. 

Durante o período de 2006 a 2019, houve a diminuição da remuneração paga acima de sete salários mínimos, e um crescimento próximo a  40% do número de funcionários que recebem de 1,51 a 3 salários mínimos. Houve crescimento no número de funcionários que recebem de 0,51 a 1 salário mínimo. Logo a maior participação é de 2 a 4 salários mínimos com 78,35% do total dos vínculos.

O número de funcionários nas faixas etárias de 18 a 24 e 25 a 29 anos na região teve queda de 31,41% e 15,28% respectivamente. Quanto às faixas etárias, acima de 30 anos apresentou crescimento, com destaque para os funcionários com idade de 50 a 64 anos, que cresceu 208,76%, de 2006 e 2019. A faixa etária predominante em 2019 foi a de 30 a 49 anos de idade, com 33,87%. 

Os maiores exportadores da região da carbonífera estão nos municípios de Criciúma e Cocal do Sul, juntos assumem 96,92% do montante negociado com o exterior até outubro de 2020. De 2010 a 2019, a venda para o comércio exterior teve um aumento de 14,86%; Criciúma foi o munícipio que mais destacou em termos de crescimento, pois obteve 40,75%. 

Nesse setor, na região carbonífera, apenas os municípios de Criciúma e Cocal do Sul importaram em 2020. Os valores negociados de 2010 a 2019 diminuiu 23,9%. O ano de 2015 foi o que teve maior valor importado.

O país exportador nesse setor foi os Estados Unidos com a participação de 45,59% acerca dos valores negociados em 2020. Além disso, apresetou evolução em 107,65% no período de 2010 a 2019. Enquanto que o setor cresceu apenas 14,86% de 2010 a 2019.

A Índia é o principal país que importa para a região da Amrec, com 44,58%. No ano de 2015, quando a região atingiu o maior valor negociado, a China tinha 82,91% de participação do mercado. 

Fabricação de Produtos Plásticos
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O valor adicionado produzido pelo setor de produtos plásticos teve evolução de 2006 a 2018 de 180,85%. Os municípios com maior participação em 2018 foram: Orleans com 31,38%, Içara com 19,78%, Criciúma.

O número de empresas desse setor em Santa Catarina teve seu ápice no de 2019. Paulatinamente o número de empresas cresceu ano a ano, exceto em 2009 e 2020. Na região carbonífera, o movimento foi semelhante ao do estado.

A participação nesse setor da região carbonífera no estado de Santa Catarina esteve de 10% a 12,45% em 2014.

Exceto nos anos de 2009-2010, 2013-2014 e 2017-2018, os demais períodos o movimento foi semelhante na região carbonífera e no estado de Santa Catarina. 

Quanto ao porte das empresas considerando o número de funcionários, verificou-se que, na região, predominam empresas de 5 a 40 empregados formais. 

A região carbonífera contribui para o estado de Santa Catarina com relação ao número de vínculos entre 15,49% em 2018 e a maior participação se deu em 19,73 em 2006. Verificou-se que o setor na região carbonífera está com menor participação no estado. Ao focalizar somente a região, percebe-se que o número de empregados depois da queda em 2016, voltou, embora timidamente, a crescer. 

Nesse setor, as cidades que se destacaram em 2019 foram: Orleans com 30,33%, Criciúma com 19,19% embora no período de 2006 a 2019 tenha perdido importante participação, e Içara com 18,41%. 

Trata-se de setor com alta participação masculina, 82,74% cujo indicador vem se mantendo no período de 2006 a 2019.

Acerca da escolaridade observada no setor, verificou-se que, em 2019, 53,15% dos funcionários possuem ensino médio completo. Observou-se ainda que houve uma diminuição na participação de colaboradores com menos escolaridade e aumento com maior estudo formal.

A maior concentração por faixa de remuneração é de 1,51 e 3 salários mínimo que em 2006 tinha 38,77% e 2019 tinha 56,14%. 

A faixa etária nesse setor está pulverizada de 18 a 24 anos com 19,32%, de 25 a 29 anos com 15,93%, de 30 a 39 anos com 29,95%, de 40 a 49 anos com 19,98%. 

As exportações do setor realizadas pelos municípios da região carbonífera cresceram 203,84% de 2010 a 2019. Orleans é o principal exportador com 80,33% do montante negociado em 2020.

Apenas os municípios de Criciúma e Içara importaram durante o período de 2010 a 2020. Considerando esse período, a importação teve evolução negativa. Criciúma concentra a participação em 2020 com 82,28%.

Com um crescimento de 203,84% no setor, a Colômbia, o Uruguai e o Paraguai se destacaram pelo crescimento da participação no periodo de 2010 a 2020. Respectivamente estão com 28,40%, 28,01% e 22,44% em 2020.

O país que evolui no período de 2010 a 2020 e, também, tem a liderança em 2020 de participação de mercado na região carbonífera foi a China com 20,25%. 

Para o cálculo foi considerado a seguinte categoria do Sistema Harmonizado (SH) do MDIC: Plásticos e suas obras (SH2).

Confecção de Artigos de Vestuário e Acessórios
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O setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios não apresenta valor adicionado em 2018 no município de Lauro Muller. O município de Criciúma foi responsável por 64,23% do valor adicionado da região, isso se deve pelo grande crescimento apresentado que ultrapassou 400% de 2006 a 2018, enquanto que a região cresceu 264,73% no mesmo período.

No estado de Santa Catarina, o número de empresas no setor apresentou crescimento até o ano de 2014, e desde então o número vem diminuindo. Na região carbonífera, ocorreu o mesmo movimento, porém o ápice foi um ano antes do estado: ano de 2013. Nesse período, são menos 192 empresas. 

A maior participação da região carbonífera no estado de Santa Catarina no que se refere a esse setor foi em 2013 com 8,38%. Desde esse ano, a participação no estado vem diminuindo, chegando 7,21% em 2019.

Mesmo havendo diminuição no número de empresas desde 2014 no estado de Santa Catarina e, em 2013, na região da Amrec. O total de empresas cresceu no comparativo de 2006 a 2019, sendo que em Santa Catarina que cresceu 21,85% e a região carbonífera 8,17%.

Todos os municípios da Amrec têm pelo menos uma empresa do setor de confecção de artigos do vestuário e acessórios presente em seu território. Criciúma possui 51,22% das empresas em seu território, mesmo com a queda do número de empresas nesse município de 17,43% de 2006 a 2019. O município de Forquilhinha foi o que apresentou maior evolução durante o período indicado, seguido por Içara e Nova Veneza: 170,59%, 75,85% e 73,68% respectivamente. 

No ano de 2006 e 2019, a maior concentração de empresas se dá entre as empregam de 1 a 4 funcionários. Apenas nos anos de 2011 e 2012, houve uma empresa na região carbonífera com mais de mil empregados no setor de confecção de artigos do vestuários e acessórios. Logo o perfil das empresas desse setor é de número reduzido de funcionários. 

Quanto ao número de empregos na Amrec, a maior participação em Santa Catarina foi no ano de 2014 quando alcançou 9,89%. Mesmo com seguidas quedas nesse indicador desde o ano de 2014, tanto Santa Catarina quanto a região carbonífera apresentaram crescimento em 2018 e 2019 respectivamente.

Assim como Criciúma sedia o maior número de empresas do setor, a maior quantidade de empregos também fica no mesmo município em que a participação, em 2019, alcançou 48,53%. Os municípios de Cocal do Sul foram os municípios com maior evolução de 2006 a 2019, respectivamente, com 161,54% e 109,53%.

Quanto ao sexo, o setor tem predominância do sexo feminino durante todo o período de 2006 a 2019. As mulheres alcançaram 79,07% em 2019. A presença do sexo masculino cresceu para 20,93% em 2019 e percebe-se que a evolução no período pela contratação foi maior dos homens, com 34,96%. 

Na região da Amrec, no ano de 2006, 52,68% dos colaboradores do setor tinham grau de escolaridade fundamental incompleto ou completo, já no ano de 2019 esse percentual diminuiu para 21,21%. É visto que os colaboradores buscaram ampliar seu grau de escolaridade, pois a evolução de funcionários com ensino médio completo foi de 127,85% de 2006 a 2019, e no mesmo período o número com superior completo cresceu 392,92%.

A faixa de remuneração com a maior concentração de funcionários, no período de 2006-2019, é de 1,01 a 1,5 salários mínimo. Houve crescimento acima de 100% no número de remunerações pagas entre 2,01 e 5 salários mínimos. 

Funcionários com idade de 15 a 24 anos vêm diminuindo no setor de confecção, essa participação tem sido realizada por funcionários acima de 25 anos, visto que todas as demais faixas etárias apresentaram crescimento positivo, com destaque para a evolução de 126,75% da faixa etária de 50 a 64 anos.

O município de Criciúma além de ser o único da região a ter exportação desde 2010 é quem tem os maiores valores chegando a 90,77%. Soma-se a Criciúma os municípios de Nova Veneza, Içara e Siderópolis como exportadores do setor. A evolução dos valores negociados de 2010 a 2019 chegaram a 133,19%.

Os valores importados pelo setor na região cresceram 670,52% de 2010 a 2019. Criciúma como na exportação é o único município que tem importações ocorridas desde 2010. Içara é município com os maiores valores negociados, com 64,83% em 2020.

A Espanha no de 2010 era o país que mais exportava produtos da região; em 2020, o principal país que negocia com a região é Portugal com 34,16%, logo em seguida está o Paraguai com 31,99%.

No ano de 2010, apenas China e Peru tinham seus produtos importados para a região. Com elevado crescimento dos valores importados, o número de países com quem é realizado comércio também aumentou. Em 2020, o Paraguai com 66,87%, país com maior participação. 

Extração de Carvão Mineral
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O valor adicionado produzido pelo setor de extração de carvão mineral cresceu 26,99% de 2006 a 2018. No ano de 2006, o município de Forquilhinha apresentava o maior valor adicionado da região com 29,56%. No ano de 2017, esse município já não apresentava nenhum valor adicionado. Treviso detém 46,42% de participação na região, em 2018 com evolução no período de 113,63%. Lauro Muller, embora esteja em 2º lugar em 2018, ao analisar em relação a 2006, diminuiu sua participação, passou a 19,65% quando antes era 23,64%. Os municípios de Criciúma e Siderópolis cresceram mais que o setor cresceu na região.

O número de empresas desse setor em Santa Catarina teve seu ápice no de 2006 e, desde então, vem diminuindo seu número de empresas. Na região carbonífera, o ponto alto foi no ano de 2008 e, também, apresenta queda no número de empresas.

As empresas desse setor, considerando o estado de Santa Catarina, estão, em sua maioria localizadas, na região carbonífera, em que apenas no ano de 2006 a participação da região esteve abaixo dos 80%. No ano de 2009, essa participação chegou a 95,12%. 

De 2014 a 2015, tanto o estado de Santa Catarina quanto a região carbonífera diminuíram mais de 15%. De 2006 a 2019, tanto o estado catarinense quanto a Rec diminuíram mais de 35%. 

Dos oito municípios da região carbonífera que apresentam empresas desse setor, dois aumentaram o número de empresas – Criciúma e Treviso; dois praticamente mantiveram a quantidade de empresas – Forquilhinha e Siderópolis e as demais diminuíram, sobretudo Lauro Muller, que passou de 23,08 para 8%.

Em 2008, ano que teve o maior número de empresas (40) na região carbonífera, 35% dessas tinham de 1 a 4 empregados, já no ano de 2019 o maior número de empresas se concentra com tamanho de 20 a 49 empregados. A região tem em sua maioria empresas com até 19 empregados formais.

A região da Amrec apresenta desde 2006 mais de 98% dos empregados que trabalham no setor de extração de carvão mineral no estado de Santa Catarina. Verificou-se que o número de vínculos no referido setor desde 2015 vem diminuindo ano a ano.

Em 2019, Treviso e Lauro Muller juntos têm 81,29% dos trabalhadores da região trabalhando em seus territórios. O município de Içara apresentou um grande crescimento no número de trabalhadores de 2006 a 2019, a evolução chegou a 623,08%, já Forquilhinha perdeu 91,59% da força de trabalho do município desse setor.

Esse setor é marcado pela mão de obra masculina com 97,11%. Verificou-se que, mesmo com a queda no número total de empregados, a proporção se manteve. 

Houve queda no número e diminuição da participação de empregados com grau de escolaridade fundamental incompleto, fundamental completo e médio incompleto. Em contrapartida o total de empregados com ensino médio completo cresceu 93,10% durante o período de 2006 a 2019. Em 2019, a participação foi de 59,09%. Cabe destacar que o número de empregados com superior completo teve crescimento de 53,10%, o que demonstra a busca por uma melhor escolaridade. Portanto, no período analisado, os dados indicam a migração para maior escolaridade dos funcionários. 

A maior concentração por faixa de remuneração é de 3,01 a 5 salários mínimo que em 2006 tinha 63,55% e 2019 tinha 69,48%. Apenas as faixas salariais de 0,51 a 1 salário mínimo e 15,01 a 20 salários mínimos tiveram crescimento positivo entre os anos de 2006 e 2019. 

Os funcionários com idade de 30 a 49 anos são a maioria no setor, juntos têm 61,90% da participação em 2006. Em 2019, essa participação sobe para 67,61%. As faixas etárias de menor idade tiveram redução na participação em 2019.

As exportações do setor realizadas por municípios da região da Amrec cresceram 213,56% no período de 2010 a 2019. Criciúma é o principal exportador com 67,46% do montante negociado em 2020. O município de Forquilhinha apresentou 27,36% de participação no setor, porém vem perdendo espaço visto que em 2010 tinha 42,64% de participação.

* Os dados de 2020 são até o mês de outubro.
Notas: Para o cálculo da evolução não foi considerado 2020 pois não foi concluído o ano.

* Os dados de 2020 são até o mês de outubro.
Nota: Para o cálculo da evolução não foi  considerado 2020 pois não foi concluído o ano.

Com um crescimento de 275,04% os Estados Unidos se consolida como o principal pais destino das exportações da região carbonífera. Em 2019, teve 71,92% de participação, outros 22,19% têm como destino países localizado na América Central. 

* Os dados de 2020 são até o mês de outubro.
Nota: Para o cálculo da evolução não foi  considerado 2020 pois não foi concluído o ano.

O Chile, com 54,85% do mercado, é o país com maior importação no ano de 2010, porém desde 2018 não faz negócios com a região. Em 2020, a Alemanha é responsavel por 70,02% das importações para a região. A China é o país que manteve negociações continuas em todos os anos de 2010 a 2020. 

* Os dados de 2020 são até o mês de outubro.
Nota: Para o cálculo da evolução não foi  considerado 2020 pois não foi concluído o ano.

Abate e Fabricação de Produtos de Carnes
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No ano de 2006 a cidade de Forquilhinha era a principal res ponsável pelo valor adicionado na região com mais de 90%, já, em 2018, mesmo com uma evolução de 273,34% a sua participação na região ficou na metade do que tinha anteriormente, muito pelo crescimento do setor em Nova Veneza. A evolução do setor de 2016 a 2018 foi de -516,05%.

O número de empresas em Santa Catarina no setor de abate e fabricação e produtos de carne cresceu 26,67% no período, enquanto que na região carbonífera esse crescimento foi de 22,13%. Já o número de empregos teve um crescimento diferente no estado, já que o crescimento foi superior a 30%, e na Amrec
cresceu pouco mais de 5%.

O maior percentual foi no de 2009 com 6,04% de participação. O percentual vem caindo e, em 2019, está próximo do percentual de 2006, respetivamente 4,36% e 4,20%. 

Considerando o período de 2006 a 2019, houve crescimento tanto na Amrec quanto em Santa Catarina acima de 22%. No entanto, ao analisar ano a ano, verifica-se que o setor, na Amrec, teve um resultado ruim em 2017-2018 com -20,83%.

Criciúma é a cidade da Amrec que sedia o maior número de empresas desse setor – 21,05% de participação. Balneário Rincão, Morro da Fumaça, Siderópolis e Treviso são as cidades da região que não têm empresas desse setor presente em seu território. 

Na Amrec, 42,11% das empresas têm em seu quadro de colaboradores de 1 a 4 funcionários. Destaca-se, nesse setor, que há duas empresas com mais de mil funcionários. Verificando a evolução, percebe-se que faixa de número de funcionários que diminuíram o número de empresas. 

A maior participação da Amrec em Santa Catarina foi no ano de 2013 com 9,04%. Em 2019, a participação está em 6, 03%. No entanto, em Santa Catarina, o número de empregos formais nesse setor vem aumentando.

Juntas Forquilhinha e Nova Veneza contam com 86,9% do número de empregos gerados por esse setor na região, embora Nova Veneza no período de 2006 a 2019 tenha diminuído sua participação (-13,13%). 

O setor apresenta maior número de homens trabalhando nas empresas. A evolução de 2006 a 2019 também foi maior da força masculina.

Em 2019, 37,09% dos funcionários tinham ensino médio incompleto e 28,56% ensino fundamental incompleto. Mas ao analisar a evolução do período, verifica-se que houve um movimento para ampliar a escolaridade, já que aumentou os funcionários com superior completo e ensino médio completo. No ano de 2006, 41,18% dos funcionários tinham ensino fundamental incompleto, já no ano de 2019 o maior número de funcionários tem ensino médio completo.

Na Amrec, 50,46% dos funcionários recebem de 1,51 a 2,0 e 27,01 de 2,01 a 3 salários mínimos. Quanto à evolução de 2006 a 2019, a remuneração de 3,01 a 4 salários mínimos foi de 44,74% e de 1,01 a 1,50 salários mínimos foi de 31,59%. Ou seja: aumentou a evolução com salário menores e diminui com os salários maiores.

No ano de 2006, a faixa etária dos funcionários se concentrava de 18 a 39 anos somando 88,32%. Em 2019, essa mesma faixa etária concentra 72,09%. O número de funcionários da faixa etária de 50 a 64 anos cresceu aproximadamente 700% durante o período. Verifica-se um aumento na evolução do período para funcionários com mais idade, embora na participação ainda prevalecem colaboradores mais jovens.

As exportações realizadas pelo setor na região diminuíram 59,21% entre os anos de 2010 e 2019, o município de Forquilhinha é o principal exportador com 97,08% de participação. Nova Veneza diminui consideravelmente. 

O município de Criciúma é único importador da região, atingiu um crescimento de 736,32% no período de 2010 a 2019. O ano com maior importação foi em 2017. 

A China é o principal país exportador do setor com 41,83% de participação em 2020, também na evolução no período foi que maior percentual. O Japão era o maior exportador em 2010, já em 2020 esta como o terceiro maior exportador.

Apenas cinco países importam da região, com destaque para Uruguai que é o único país que tem importações realizadas desde 2010. A Itália teve seu último ano em 2018 e último país a iniciar foi o Chile em 2020.

Fabricação de Tintas, Vernizes, Lacas e Produtos afins
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Em 2018, os municípios com maior valor adicionado foram Morro da Fumaça com 37,06%, Criciúma com 31,29% e Içara 16,04%. Morro da Fumaça aumentou significativamente sua participação entre 2006 e 2018: 5455,55%. Foi o único município que cresceu acima do setor o qual foi de 200%. Os demais, embora com evolução no período, ficaram bem abaixo da evolução do setor.

O número de empresas no estado de Santa Catarina variou no período de 2006 a 2019, de 93 a 108. O maior número foi no ano de 2014. Na região carbonífera, a variação esteve de 18 a 30 cujo ápice foi nos anos de 2015 e 2016. Tanto na Rec quanto no estado os números de empresas vêm caindo nos últimos quatro anos.

A maior participação da região carbonífera no estado de Santa Catarina se deu em 2015, com 28,57%. Verifica-se que a participação desse setor no estado vem decrescendo nos últimos quatro anos. A variação no período apresentado é a menor de 19,35 e a maior de 28,57%.

Ao avaliar a evolução ano a ano, percebe-se que o fenômeno realizado na região carbonífera se manifesta também no estado de Santa Catarina em muitos dos anos, dos 14 avaliados a exceção se deu nos períodos de 2007-2008, 2010-211, 2012-2013, 2014-2015 e 2018-2019.

Embora em 2019 o município de Criciúma tenha o maior percentual de participação, com 29,17%, houve uma queda considerável, já que em 2006 sua participação era de 50%. O segundo município com maior número de empresas formais foi Içara cuja evolução, no período de 2006 a 2019 foi de 66,67%.

Quanto ao tamanho das empresas presentes na região carbonífera com o percentual de 20,83, estão as organizações com 5 a 9 funcionários formais, 20 a 49 e 100 a 249. Chama a atenção as de 20 a 49 empregados porque no período de 2016 a 2019 teve evolução de 66,37%.

No período de 2006 a 2019, em Santa Catarina o maior número de vínculos se deu no ano de 2010, com 2.502 funcionários. Na região carbonífera, foi em 2017, com 1.259 empregos formais. Verifica-se que essa região tem importante participação no estado, a qual foi sempre acima de 50% e, em 2009 e 2017, chegou a 72,19%.

A composição do total de vínculos se modificou de 2006 para 2019. Criciúma, embora seja ainda a com maior participação em 2019, com 42,80%, perdeu participação. Da mesma forma ocorreu com Içara e Siderópolis. Morro da Fumaça e Cocal do Sul ampliaram a participação em 2019: 22,13% e 7,51% respectivamente. 

Esse setor emprega mais funcionários do sexo masculino, com 82,74 em 2019. A participação das mulheres aumentou timidamente no período de 2006 a 2019. 

Sobre a escolaridade, o setor emprega 50,95% de funcionários com ensino médio completo. Houve uma diminuição no número de funcionários com fundamental incompleto, completo e médio incompleto no período de 2006 a 2019. Os dados apresentam que houve um aumento nos vínculos com maior escolaridade. 

O número total de vínculos por remuneração na Amrec foi de 2,01 a 3 salários mínimos com 38,07%. Percebe-se que, quanto maior a remuneração menor foi a evolução no período. Nesse setor, na região carbonífera, 54,5% dos trabalhadores têm idade de 30 a 49 anos. 

No período de 2006 a 2019 diminui a participação de funcionários com idade de 18 a 29 anos. O comércio exterior brasileiro, focalizando a participação, verificou-se que dos 12 municípios, 4 estão tendo atuação nele. Içara tem o maior percentual em 2019: 67,18%; Morro da Fumaça está com 18,30% e, em relação a 2006 aumentou sua participação.

Quanto à importação, 72,49% da participação em 2020 estão em dois países: Espanha e Chile. E ambos, em comparação com 2006, expandiram a participação. A Argentina diminuiu. Tinha em 2006 39,82% do mercado e em 2020 passou para 6,39%. 

Os países com maior participação em 2019 são Argentina, Bolívia e Paraguai com 54,26%, 19,06% e 6,24% respectivamente. No entanto os dois últimos diminuíram sua participação ao compararmos com a participação de 2006. África do Sul e Chile vem paulatinamente ganhando participação. 

Ecossistema AMREC
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O conjunto socioeconômico que passa a formar a região da Amrec é composto também dos segmentos do turismo. Neste Plano, o turismo é tomado como um sistema que integra todas as cidades da região, potencializando as especificidades de cada uma delas. Também compõem o referido sistema, as organizações de serviços, comércio e indústrias, com foco na diversificação da matriz produtiva e todos os segmentos terão a tecnologia como propulsora do desenvolvimento socioeconômico. 

Esse ecossistema, conforme as manifestações manifestadas pelos participantes durante a construção do Plano, expressa as premissas gerais para os setores desenvolverem suas ações, as quais são: respeitar e fomentar a qualidade de vida, respeito e conservação do patrimônio cultural, preservação da natureza, de forma sustentável socioeconomicamente. E, para concretizar essas premissas, será por meio de cidades sustentáveis, conforme descrito no ODS 11 “Até 2030, garantir o acesso de todos a moradia digna, adequada e a preço acessível; aos serviços básicos e urbanizar os assentamentos precários de acordo com as metas assumidas no Plano Nacional de Habitação, com especial atenção para grupos em situação de vulnerabilidade”.